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Paraty é, nas palavras de Lucio Costa, a cidade onde os caminhos do mar e os caminhos da terra se encontram, ou melhor, se entrosam.

Esta geografia foi motivo de sua importância e riqueza quando seu porto escoava os produtos que desciam a serra para atravessar o oceano rumo à metrópole: o ouro das minas gerais e o café do vale do Paraíba, bem como a melhor cachaça que se produzia nos seus cento e cinqüenta alambiques. Resultado desse comércio é o conjunto arquitetônico de beleza e importância histórica indiscutíveis.

Quando o porto de Paraty não mais atendia ao comércio internacional, a cidade entrou num ciclo de declínio e abandono. Marina de Mello e Souza aponta em Paraty, a cidade e as festas, uma singular relação entre essas condições econômicas e a cultura local: A construção da ferrovia Dom Pedro II e depois a abolição da escravidão tiraram de vez Paraty da rede de relações econômicas da região, levando o município a mergulhar num longo período de estagnação, no qual continuou cultivando suas histórias, seus costumes, sua religião e suas festas.

E assim, isolados durante longos anos, sua bela arquitetura e seus costumes, seus pescadores e artífices, suas matas e suas ilhas, virgens do turismo e da especulação, mantiveram-se preservados, para serem redescobertos com o advento da Rio-Santos. A nova estrada despertou, como uma varinha de condão, a bela cidade adormecida para a realidade que conhecemos hoje. Saberes e fazeres da cultura caiçara mantidos na tradição das artes e ofícios, na celebração de festas religiosas e no orgulho da sua história estão na origem da hospitalidade e franqueza com que os paratienses recebem as visitas.

O ambiente exuberante da serra, suas trilhas e cachoeiras; as muitas praias, quase desertas, no continente e nas ilhas próximas, emolduram a cidade histórica e as comunidades que a cercam. Este cenário, naturalmente propício ao turismo, além das tradicionais festas religiosas e profanas, é hoje enriquecido pela realização de eventos culturais de âmbito internacional. Assim, a natureza, a história e a cultura fazem de Paraty um destino de referência para o turismo cultural no Brasil e no mundo.

Música “Eu Brasileiro”, de Luís Perequê

Locução Mary Lacerda

Premiado com a Arara de Ouro no TourFilm Brazil 2011 como melhor filme na Categoria Lusofonia.(Fonte; http://www.paratycultura.com.br/)

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